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Programas e Filmes

Sessão de Encerramento

"Toda transição é uma experiência de fim de mundo.
Cria uma barricada para roubar o tempo."
Jota Mombaça 

O cinema está em constante risco de se refabular na medida em que a sobrevivência se vê diante da morte. ANHELL 69 começa em um casting sobre um filme que nunca será feito e essa impossibilidade do que será decorrente da trama sobre todes ali envolvidos. 

Jovens dissidentes em seus corpos e afetos habitam a periferia de Medellín - a cidade sem paisagem. O futuro é um privilégio de poucos, diante disto corporificam-se as feridas do passado, reinventando os afetos e dando um lugar de intensidade ao presente. Isso que temos, subjetivações radicais e insubmissas onde é preciso armar a linguagem e tornar as imagens memoriais, performance, espectro, relacionamento, choro.

Na distopia fúnebre, os fantasmas nos espreitam, nos seduzem.

Não, não vão nos matar agora. 

 

ANHELL69

Theo Montoya
2022 | 74' | DCP | Colorido

Um carro fúnebre percorre as ruas de Medellín, enquanto um jovem diretor conta a história de seu passado nessa cidade violenta e conservadora. Ele se lembra da pré-produção de seu primeiro filme, um filme B com fantasmas. A cena jovem queer de Medellín é escalada para o filme, mas o protagonista principal morre de overdose de heroína aos 21 anos, assim como muitos amigos do diretor. ANHELL69 explora os sonhos, as dúvidas e os medos de uma geração aniquilada e a luta para continuar fazendo cinema.