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Filmes

Escuridão Flamejante / Darkness, Darkness Burning Bright

França | 2022 | 73 | DCP | Colorido

Mostra Cineastas na Fronteira | Programa 9 - Sol Negro

Primeira parte - Prelúdio

"Escuridão, escuridão, ardendo em chamas
Nas florestas da noite
Vastos caminhos floridos, galhos frescos
Bosques cheios de perfumes, pássaros e sussurros,
Um lugar tantas vezes visto e eternamente contemplado
Vento que gorgoleja no fundo das chaminés por meses, horas e dias....
Nas janelas onde um belo e límpido raio quer se iluminar,

Tantos raios que chegarão tarde demais! coroados
De alegria e flores, no trigo.
Vento que gorgoleja no fundo das chaminés por meses, horas e anos....
A lua, o sol, o céu e as estrelas
Ali, mugindo uma boiada com olhos sombrios
Para que, imersos em sua doçura e em sua oração
Mais límpidos e mais bem tratados, são reconduzidos.
Para aqueles que os vêem nus e sem véus,
A lua, o sol, o céu e as estrelas!"

Segunda parte - Oração

"Escuridão, escuridão, ardendo em chamas
Nas florestas da noite
O impulso louco dessa alma perturbada,
Na fronte circundada de cobre, sob a lua
Ó morte misteriosa, ó irmã de caridade.
Que alma deveria ser levada nesta floresta antiga"
Que vai, escalando as montanhas, para o céu, para a tempestade,
Grande noite!

Santuário de segredos de agosto
Ancestral do antigo mar e da floresta
Ervas frágeis, galhos tenros, malvas-rosa,
Sombra que roça e vento que enlaça,
E fortemente, com os punhos de suas nuvens,
No horizonte esverdeado, esmaga os sóis.

Exibição: 01/09/2023, 17:00 | Cine Brasília

Ficha Técnica

Direção: Gaëlle Rouard
Fotografia: Gaëlle Rouard
Roteiro: Gaëlle Rouard
Montagem: Gaëlle Rouard
Desenho de som: Gaëlle Rouard

Direção: Gaëlle Rouard

Gaelle Rouard (1971, França) é uma cineasta e artista de filmes feitos à mão. Desde 1992, ela dirige filmes, especializando-se em processamento químico de filmes e, nesse meio tempo, dedicou-se a brincar com todas as possibilidades de jogos de multiprojeção ao vivo com várias pessoas e solo. Seu trabalho foi apresentado internacionalmente em festivais e centros de arte, como o Centre Pompidou Paris, o Rotterdam International film festival, o Prismatic Ground NYC, o Brisbane Institut of modern art e muitos outros. Membro de longa data do "102 rue d'Alembert" (local dedicado à difusão e criação de música e filmes experimentais), também dirigindo o "Atelier MTK" (laboratório de filmes artesanais) por doze anos, até 2006. Tudo isso em Grenoble, na França. Também dirigiu um workshop mundial de 16mm sobre vários tópicos: imagens sem câmera, efeito de processo manual selvagem, filmagem com uma Bolex, exploração de impressora óptica, jogos de multiprojeção...